Roteiros: Deserto do Atacama Parte 1/3 - San Pedro de Atacama, Vale de la Luna e Vale de la Muerte

Estrada de Calama para San Pedro de Atacama


Rua Principal de SPA, Caracoles

Feirinha local

Cães de rua por toda parte



Entrada do Vale de la Luna





Sal impregnado em toda parte


É muito surreal, é muito a Lua mesmo.


A pedra do Coiote


Realmente não consigo me lembrar porque e quando decidi ir para o deserto de Atacama, só sei que em maio desse ano comecei a planejar a sério essa viagem. Vi milhares de fotos, li milhares de blogs e quanto mais me informava, mais tinha vontade de ir para esse lugar incrível!
Para você que nunca nem pensou em ir para lá, espero que após ler esses relatos, mude de ideia, pois provavelmente fará uma das viagens mais incríveis da sua vida. E em San Pedro dá pra se hospedar com conforto e não passar perrengue. Tem para todos os gostos. Só precisa estar a fim de um pouco de aventura.
Para se chegar a San Pedro de Atacama (SPA), pegamos um vôo em São Paulo para Santiago pela Gol (3 horas e meia) no dia 12 de setembro de 2014. Dormimos uma noite na capital chilena e pegamos outro vôo para Calama pela LAN (1 hora e meia). Calama fica mais ao Norte que SPA e é a cidade principal do deserto, de onde pegamos um ônibus para SPA (1 hora e meia).
Chegamos num final de tarde em SPA na rodoviária mais improvisada que já vi na vida. Pagamos um taxi até o hostel (custou o preço da passagem de Calama até SPA), pois não tínhamos ideia de como chegar lá. Depois descobrimos que era bem perto.
Ficamos no hostel Aji Verde, que ficava afastado do centro, cerca de 12 minutos andando. Pegamos um quarto privativo, com banheiro. Tudo bem rústico, com paredes da cor de San Pedro: adobe, Mas o quarto era confortável, com chuveiro quente e bom.
No dia seguinte, fomos ao centro agendar os passeios. Fomos direto à Colque Tours para acertar nossa ida ao Salar de Uyuni na Bolívia e os demais passeios que faríamos. Ficaríamos 3 dias em SPA antes da Bolívia e 1 dia e meio depois.
Escolhemos os seguintes passeios: Vale de la Luna e da Muerte, Salar de Tara e Geiser del Tatio. Tudo saiu 70.000 pesos (fora as entradas do Vale e do Geiser, que se paga a parte), o que é caro, porque tivemos um problema com cartão de crédito. Se tivéssemos pesquisado um pouco mais, teriamos economizado pelo menos uns 5000 pesos. Enfim... para fazer esses passeios em SPA, não tenho nenhuma agência para indicar. São todas equivalentes e fazem os mesmos passeios. Às vezes você pode dar mais ou menos sorte com os guias e isso é que fará a diferença.
Nesse mesmo dia então partimos para o primeiro passeio (que está nas fotos), às 16 horas, com retorno previso para as 19h (após o por do sol).
O lugar fica cerca de 1 hora de distância de SPA. Fomos com um microônibus que parava em alguns lugares, onde você podia caminhar, tirar fotos e se encantar com as paisagens do deserto. A gente adorou e ficou impressionado com tudo! Nos sentíamos andando na superfície de Marte ou da Lua. E o por do sol é bem bonito. Recomendo fortemente esse passeio!

Dicas:
1) Vôo da Gol: aeronave igual às dos vôos nacionais, com comida bem fraca e mesmo cardápio na ida e na volta. Esse vôo é novo, tem cerca de 4 meses. Pagamos um bom preço, uns R$ 740,00 ida+volta
2) No aeroporto de Santiago fique muito atento na hora de passar pela imigração e alfândega. Quase tivemos que pagar uma multa de U$ 200,00 por causa de uma maçã!!! Eles são super rigorosos, passam suas malas e bagagem de mão no raio X e não pode entrar com nada de origem animal ou vegetal.
3) Conseguimos a informação de que há um ônibus do aeroporto para o centro. Chama-se Centropuerto, é azul, sai da porta 5, a cada 10 minutos. A passagem é barata, 2450 pesos. Você paga na hora para o motorista e tem que ter trocado. Ele te deixa no centro, em frente a estação Los Heroes do metrô e pertinho da Plaza de Armas. Dá pra ir para o aeroporto com ele tbm.
4)Na primeira noite em Santiago dormimos no RQ City Center. É como se fosse um aparthotel. Simples, mas confortável. Só achei um pouco claro. Ainda bem que sempre levo meu tapa olho. Fica super bem localizado, pertinho do Palácio de La Moneda e umas 4 quadras das casas de câmbio, onde vale muito mais a pena trocar dinheiro do que no Brasil. (Rua Agustinas tem várias casas de câmbio). Leve o mínimo do Brasil, tipo, 5000 pesos, no máximo. Eu levei 20.000 e me arrependi muito, porque o câmbio era o dobro em Santiago.
5) Calama é a cidade mais feia que eu já fui na vida! Fique o mínimo possível de tempo lá. A melhor opção é ir direto do aeroporto para SPA com os transfers que te oferecem no aeroporto. Custa 18.000 pesos ida+volta ou 11.000, cada trecho. Nós fomos de taxi até a rodoviária e de lá pegamos um ônibus para SPA. O sistema de ônibus para SPA é bem desorganizado e o local onde você fica esperando é nojento! Fuja de Calama!!!
6) O clima no deserto é engraçado. Há dias que mesmo de dia é frio, mas a maioria é quente (nunca insuportável, pois sempre venta). À noite é sempre bem frio, então tem que levar roupa para os dois climas.
7) O que levar: você se suja muito por lá, já que tudo tem muito pó. Então evite calças ou bermudas claras ou simplesmente desencane e releve. Foi o que eu fiz. Minha bota preta ficou quase branca de tanta poeira já no primeiro dia. Eu levei uma camiseta para cada dia, uma calça e uma blusa underwear (podia ter levado mais); duas leggins, duas calças jeans, uma calça de moleton, umas 4 camisetas de manga comprida, dois shorts, 2 blusas de frio, mais grossas, dois casacos (um de nylon tipo japona e um de lã, tipo um sobretudo), cachecóis, meias (compre meias de lã de alpaca ou de carneiro lá antes de ir à Bolívia. Você irá precisar!), gorro, biquini, uma bota, um tênis, uma sapatilha com solado de borracha e um chinelo. Veja se não é a mala mais eclética que vc já fez?!Além disso, não esqueça seus óculos escuros, leve filtro solar, protetor labial, boné ou chapéu e eu usei soro para lavar o nariz todos os dias e colírio de lágrima artificial, pois meus olhos ardiam sempre.
8) Água lá é barato, principalmente de galão. Comprávamos um galão de 6 lts a cada 2 dias e tínhamos garrafas de 1,5 lt que levávamos para todos os lugares.
9) Levei tudo no mochilão e é bom ter uma mochila de ataque para levar as coisas que vai precisar ao longo do dia: água, mapa, casaco, dinheiro, etc.

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